Apresentação do História e Arqueologia Bíblica

28 dezembro 2013

ORIGEM DO UNIVERSO

,
Prof. Adauto Lorenço



Entrevista concedida pelo professor Adauto Lorenço para o programa "Academia em Debate". Apesar de não ser um tema diretamente relacionado com nossa proposta aqui, vale a pena assistir como forma de reflexão sobre a História das Origens!
Leia mais →

25 dezembro 2013

JESUS E ZEITGEIST: APROVEITANDO O TEMA DO NATAL....

,


Contudo, com o avanço das pesquisas pela busca do chamado "Jesus histórico", que foi grandemente alavancada pelos intensos debates, ficou cada vez mais evidente que tal figura tinha realmente existido. A questão então que começou a ser posta pelos estudiosos foi : Quem teria realmente sido Jesus? Quais as diferenças (se é que existiam) entre o Jesus nazareno - o homem que viveu naquela região - e Jesus Cristo - o personagem da fé.

Recomendo a leitura de alguns livros para aqueles que gostariam de se aprofundar no assunto do "Jesus histórico":

- Resenha do livro: "Jesus Histórico: uma brevíssima introdução"  de Marina Fontolan
- "Redescobrindo o Jesus histórico: as evidências a favor de Jesus" William Lane Craig
Ainda existe a Revista Jesus Histórico que "... dedica-se a publicar artigos, resenhas e entrevistas com especialistas renomados e jovens pesquisadores. O interesse editorial está associado a todo o enfoque ligado às recentes pesquisas sobre o Jesus Histórico e Cristianismos Originários."

Mas, com o problema de um "Jesus histórico" praticamente resolvido, outra questão têm sido levantada neste mesmo sentido, mas com uma roupagem nova.

Um vídeo intitulado Zeitgeist trouxe à tona uma discussão em relação ao Jesus Cristo da fé, afirmando que a história de sua vida teria sido inspirada e copiada de lendas e mitos egípcios. Nele, os autores tentam relacionar o nascimento, vida e morte de Jesus com Hórus, um dos deuses dos egípcios, e outras divindades da Mitologia Antiga. Um dos pontos chaves para estas afirmações é a questão de que supostamente estas divindades teriam sua data de nascimento em 25 de dezembro, e que Jesus é apenas uma continuação deste Mito que atravessa os milênios. Mas qual a verdade por trás dos argumentos, "provas" e das afirmações contidas neste vídeo?

O vídeo parece convincente em suas argumentações, enchendo o espectador com teorias, ligações, "provas" irrefutáveis de maneira que se fica convencido que a enxurrada tão intensa de evidências que são derramados corroboram plenamente em favor dos produtores... E foi isto que tornou o vídeo tão popular! Era um vídeo cheio de denuncias de conspirações, conhecimentos secretos, sociedades obscuras que manipulam a opinião pública por milênios. Ingredientes mágicos para sensacionalistas...

Esta teoria inclusive veio do mundo virtual para as prateleiras de livrarias com o livro "A Origem egípcia do Cristianismo".

Ao assistir o vídeo, tive uma forte impressão de que algumas acusações e "provas" eram, no mínimo, forçadas e manipuladas. Algum tempo depois um vídeo no youtube chamou a atenção pelo próprio título: Zeitgeist refutado em 7 minutos!

Depois destes minutos, pude perceber o quão ridículo é a proposta de Zeitgeist. Deixo para o leitor tirar suas próprias conclusões...
A autenticidade histórica de um homem chamado Jesus que teria vivido na Palestina no século I e sido o fundador de um movimento religioso posteriormente conhecido como Cristianismo, foi durante algum tempo tema de debate entre estudiosos.


Enfim, a literatura sobre este tema se tornou abundante, e creio que qualquer um que deseje buscar maiores informações sobre o assunto, tem diante de si uma rica bibliografia .

Leia mais →

24 dezembro 2013

VOCABULÁRIO EGÍPCIO E O LIVRO DO ÊXODO

,

Muitos eruditos durante as últimas décadas renunciavam a historicidade do relato do Êxodo hebreu, confiando em uma teoria que estabelecia a redação da epopeia de Moisés para um período que estaria vinculado com o Exílio babilônico, no século VI a.C.

Segundo esta proposta, toda a narrativa não passaria de propaganda redigida por escribas para dar um senso de nação e heroísmo ao povo judeu no cativeiro. A Torah (Pentateuco), portanto, teria sido redigida em sua maior parte neste período.

Apesar de sua imensa popularidade entre os estudiosos, esta teoria tem enfrentado inúmeros problemas. Entre elas se pode relacionar, o fato de termos vocabulário egípcio entre os termos usados na história do infante Moisés.

À alguns anos, os especialistas em línguas orientais notaram que as palavras usadas em Êxodo 2.3 para descrever a expressão "arca de juncos" (ARA) ou "cesta feita de juncos" (NVI) são típicas do vocabulário egípcio. תֵּבָה֙ (tebah) seria o equivalente à palavra "dbt" (ou ainda "tbt"), que significa caixa, ataúde, sarcófago.

É importante notar que existem outras palavras em hebraico para "cesto", o que indica que o termo usado neste texto forçosamente tem influência egípcia.

A palavra usada para "junco" em hebraico é גֹּ֔מֶא (gome) e seria o equivalente em egípcio para a palavra que conhecemos como "papiro", que era feito de juncos que cresciam nas margens do rio Nilo.

Ainda podemos somar a estas palavras o próprio nome de Moisés, que em hebraico é מֹשֶׁ֔ה (Moshe). A palavra egípcia "mss" correspondente significa "filho de", "nascido de", ou ainda "feito por". Esta palavra aparece abundantemente nos nomes dos faraós da XVIII dinastia. Thuthmoses (filho de Thoth), Ahmoses (filho de Ah), Ramsés - ou Ramoses (filho de Rá) e outros ilustram esta tendência da dinastia em usar a palavra "mss" para indicar procedência ou título. Alguns eruditos chegam a afirmar que, provavelmente, o nome dado pela princesa (Êx 2.10) era composto por 2 palavras: o nome de um deus egípcio e a palavra "mss", designando a filiação divina do menino.

Contudo, quando entra para a tradição hebraica, o nome da divindade é subtraída , ficando apenas o "mss", que virou "Moisés" ou  מֹשֶׁ֔ה !

Estas evidências linguísticas, entre outras, têm levado alguns a voltarem sua interpretação sobre a origem dos relatos de Êxodo para o ambiente egípcio-palestino, forçando uma datação do texto para um período muito anterior ao Exílio babilônico.
Leia mais →

PERTO DE JERUSALÉM FOI DESCOBERTA UM ASSENTAMENTO HUMANO MUITO ANTIGO

,


28 de novembro de 2013

Arqueólogos israelenses do Departamento de Antiguidades em Estaol encontraram perto de Jerusalém restos de um antigo assentamento, que remonta à idade do VIII -IV milênios a.C.

Alguns dos objetos encontrados - colunas de pedra, panelas , machados - de acordo com ос cientistas datam de cerca de 10 mil anos. Supõe-se que eles eram de propriedade de um templo. Na Idade do Bronze entre 4500-3800 a.C., neste local  provavelmente se localizava um centro religioso, talvez até um templo, segundo o arqueólogo Amir Golani.

As escavações foram realizadas em conexão com a expansão de uma rodovia no local. Seus resultados indicam uma transição para um estilo de vida sedentário, a construção de um plano urbano e a formação de um estilo de vida urbana.

Estaol, localizada a 15 km de Jerusalém, é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Ela estava no território atribuído à tribo de Dã (Josué 19:41). Sansão começou a profetizar "entre Zorá e Estaol" (Juízes 13:25) . Após a morte de Sansão em Gaza, seu corpo foi levado para o sepultamento no túmulo de seu pai entre Estaol e Zorá (Juízes 16:31) . Também é informado pelo texto bíblico que 5 espias destas cidades foram enviados pelos danitas para expiar a terra, procurando terrenos adequados para a tribo de Dã. (Juízes 18:1-29 ).
Leia mais →

ARQUEOLOGIA E GEOGRAFIA BÍBLICA 3

,
AULA DA MATÉRIA ARQUEOLOGIA E GEOGRAFIA BÍBLICA - LITERATURA MESOPOTÂMICA

Professor: Leialdo Pulz

Leia mais →

23 dezembro 2013

AULA COM O DR. ADOLFO ROITMAN

,

Não é segredo, ao menos para mim mesmo, que tenho verdadeira paixão pelo estudo da Bíblia e tudo que envolve este fascinante livro. Quando isto se alia a outra paixão, História e arqueologia, o caso fica realmente empolgante.

E este encontro aconteceu de forma magnífica numa noite de 14 de agosto de 2013. Alguns anos atrás eu estive na exposição dos manuscritos do Mar Morto, que ocorreu em São Paulo. Fascinante ver diante de si parte daquele tesouro da humanidade. E esta aproximação com o tema não parou por aí. Fiquei sabendo que haveria uma palestra sobre o nome de "Os manuscritos do Mar Morto e sua Relevância para o Cristianismo Primitivo", que seria  ministrada nada menos de que pelo Dr. Adolfo Roitman, curador do Museu dos Manuscritos do Mar Morto e Diretor do Santuário do livro de Jerusalém (onde estão expostos os rolos). Em outras palavras, o guardião desta preciosidade incalculável, não apenas para a História por ter sido a maior descoberta arqueológica dos últimos tempos, mas por sua importância no estudo das próprias Escrituras Sagradas.

Assisti à palestra que durou 1 hora e meia. Muitas das informações já eram conhecidas, e que estão acessíveis em qualquer livro ou site da internet, outras nem tanto. Mas a questão nem era tanto o que foi dito, mas por quem foi dito!  O que levei daqueles momentos foram os insigths, as pontes e confirmações de suspeitas próprias.

Após o tempo de palestra, não resisti e fui falar com o grande curador. Ele, apesar do cansaço provocado pelas várias viagens e compromissos, não deixou de me responder uma pergunta. Tentei ser o mais “profissional” e “erudito” na pergunta, pois era uma oportunidade única, e não queria despejar sobre ele todas as milhares de perguntas que poderiam ter sido feitas. Sua resposta foi mais do que um “sim” ou “não”, mas mais uma aula dada de forma lacônica. Admiro pessoas que conseguem dizer tudo, sem quase dizer nada! Acostumado a receber presidentes, políticos de altíssimo escalão, ele colocou sua posição sobre o assunto com certa nobreza de um verdadeiro magnata e com a simplicidade de um camponês.

Ainda satisfeito com esta pequena aula, tive tempo de pedir para tirar uma foto com o “mestre” para deixar como recordação deste momento único.

Aprendi também, que a arrogância está no coração humano, não no conhecimento. Somos donos de nossos corações, e devemos cuidar para que ele nunca se encha do maior de todos os erros, o orgulho!
Leia mais →

CURSO DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA

,
Leia mais →

PLATÔ DE GIZA, CAIRO, EGITO - 2010

,

Uma das 7 maravilhas do Mundo Antigo, as Pirâmides e a Esfinge!
Leia mais →

TEMAS A SEREM ABORDADOS

,
- Qual o trabalho de um historiador e arqueólogo?

- O Jesus histórico

- Rei Davi: existiu? Quem era? Qual seu domínio?

- Evidências dos Bnei Elohim (filhos de Deus)

- Qual a crença primária dos humanos?

- Teorias de Frazer e Tylor: consequências e arruinamento

- Interpretação alternativa para a narrativa de Gênesis 1

- Reconstrução histórica da vida de Moisés

- Reconstrução histórica da vida de Jeremias

- Jonas e seu contexto histórico: reconstituição

- O livro de Enoque e suas evidências na mitologia e antropologia

- Quem é o inimigo do norte em Jeremias

- Os nomes divinos (epitetos) no Antigo Testamento e sua relação com a religiosidade antiga

- Urna funerária de Tiago, irmão de Jesus: significado histórico

- A Arqueologia Proibida e a Evolução

- Leis de Hamurabi e o contexto de Moisés

- A relação entre o Templo de Salomão e os templos egípcios e fenícios

- Contexto histórico do pré-exílio (séc. VIII-V a.C.)

- Reconstrução histórica da vida de Abraão

- As "pirâmides" do mundo: Egito, Américas, Mesopotâmia, China e sudoeste asiático

- O Deus dos indo-europeus

- Reconstrução histórica do Dilúvio

- Chipre: caminho entre dois mundos

- Tecnologia pré-diluviana: possibilidades de reconstrução histórica

- Manuscritos de Qumran: essênios?

- Catástrofes, deslocamentos dos povos e o fim da idade do bronze


Leia mais →

22 dezembro 2013

A HISTORICIDADE BÍBLICA E A CRÍTICA

,


         

Os séculos XIX e XX presenciaram o auge de um movimento que teve seu berço na Renascença. Se a Idade Média foi caracterizada por uma forte tendência teocentrista, onde a explicação de tudo só podia-se achar em Deus, a nova era que despontou na Europa trouxe consigo uma brusca troca de paradigma. Agora, o homem estava sendo elevado ao centro do universo, o antropocentrismo. E foi então que o materialismo pode fincar suas garras na espiritualidade medieval, que vinha se eclipsando ao longo dos últimos séculos, sufocando-a e prevalecer.
Leia mais →