Apresentação do História e Arqueologia Bíblica

17 abril 2014

O Deus dos Céus

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אֱלֹהֵ֥י הַ·שָּׁמָֽיִם - Deus dos Céus


O título "Deus dos Céus" era muito bem conhecido no Império Persa e se tornou parte do linguajar religioso dos hebreus durante o período pós-Exílio. Este termo também se encontra em correspondências hebraicas, como nos textos de Elefantina no Egito, que são datados do séc. V a.C.

A expressão pode ser rastreada até o Zoroastro, pregador iraniano, que como se crê, viveu no final do II milênio a.C. (apesar das datas referentes à sua vida não serem totalmente conhecidas e estarem ainda debaixo de intensos debates). O Zoroastrismo se tornou a religião oficial dos reis persas no tempo de Dário I (aprox. 521-486 a.C.). Os seguidores do Zoroastrismo adoravam o "Deus dos Céus", conhecido também pelo nome do seu supremo deus Ahura-Mazda. 

Neemias, entretanto, sem hesitação reconhece o título como sendo igualmente do Deus YHWH (Yahweh, Jeová) em Ne 1.4-5. Estas frases de Neemias teriam sido proferidas por volta de 465 a.C. segundo Ne 2.1. A incorporação deste conceito teria consequências profundas na cosmovisão dos judeus pós-exílicos.

FONTE: The IVP Bible Background Commentary
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14 abril 2014

COLAPSO DA IDADE DO BRONZE

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Durante a Idade do Bronze Tardio (1500-1200 a.C.), o Mediterrâneo Oriental ostentava uma rede florescente de grandes impérios que tinham infra-estruturas sofisticadas, as quais o mundo não veria novamente por séculos. Uma destruição inter-regional (atestada na Grécia, Turquia, Israel, Síria, Líbano e Egito), conhecida como o "Colapso da Idade do Bronze" é um dos maiores mistérios da arqueologia.

O colapso da Idade do Bronze foi rápida e repentina, dando início a uma chamada "Idade das Trevas" de diminuição da alfabetização, da população, da tecnologia em grande parte do Mediterrâneo Oriental, e na desestabilização e até aniquilação de Impérios.

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11 abril 2014

"NOÉ" - UMA ANÁLISE...

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O filme "Noé" tem levantado muitos comentários, críticas e debates nos últimos dias. Precisei tomar a atitude de ir assisti-lo no cinema, algo qque raramente faço. 
Fui sem expectativas de ver um filme bíblico, pois quem conhece um pouco da "filosofia" da indústria cinematográfica americana, sabe que quando o filme está "baseado em fatos reais", ou é  uma "adaptação" para o cinema, podemos esperar que o enredo seja totalmente independente da história original. Aqui sempre vale a máxima "o livro é melhor que o filme!", no caso, a Bíblia.

Ao entrar na sala de exibição, fiz isto com a intenção de ser o mais isento e imparcial em relação ao que iria aparecer na telona. Com vários anos de especialização na temática a ser abordada (mundo pré-diluviano e Dilúvio, do ponto de vista histórico-
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